Friday, January 29, 2010

ALAIR GOMES

MOSTRA REÚNE 130 FOTOS INÉDITAS DE ALAIR GOMES EM SÃO PAULO COM CURADORIA DE MIGUEL RIO BRANCO

Após temporada em Paris e no Rio de Janeiro, chega a São Paulo a exposição 'A New Sentimental Journey' ( Uma Nova Viagem Sentimental) que traz imagens inéditas do fotógrafo e crítico de arte Alair Gomes conhecido por seus famosos registros de rapazes nas praias cariocas.

A partir do dia 15 de março (segunda-feira), a Galeria Bergamin recebe a exposição 'A New Sentimental Journey' (Uma Nova Viagem Sentimental) até 10 de abril de 2010. Concebida originalmente para a famosa Maison Européene de La Photographie em Paris, sob curadoria de Miguel Rio Branco, e recém-editada em livro pela Cosac Naify e a MEP, a mostra apresenta imagens inéditas produzidas por Alair Gomes durante uma viagem à Europa entre os meses de agosto e outubro de 1983.

Com as lentes voltadas para estátuas masculinas, mais especificamente greco-romanas e renascentistas, o artista lança sobre o tema o mesmo olhar erótico que dedicava ao registro obsessivo de jovens corpos masculinos nas praias do Rio de Janeiro- tema que foi abordado na mostra da Fundação Cartier, em Paris, que o consagrou internacionalmente como artista em 2001 . Foram tiradas mais 700 fotos de estátuas de museus da Inglaterra, França Suíça e Itália- incluindo uma longa série com o Davi de Michelangelo, que após a seleção e edição de Rio Branco- o fotógrafo brasileiro de maior prestígio no circuito internacional- resultou na exposição de 130 fotos que agora é apresentada pela primeira vez ao público de São Paulo. Jean-Luc Monterosso, diretor da Maison Européenn
e da la Photographie, destaca que Rio Branco ao ordenar e sequenciar essas fotos ainda dispersas de Alair Gomes faz uma verdadeira criação, trazendo "um exemplo perfeito da contribuição que o olhar de um artista pode trazer à obra de outro".

Encontradas em meio à documentação pessoal do artista por sua irmã Aíla Gomes, as imagens presentes na exposição reforçam a tese de que para o fotógrafo, não importava se o seu objeto de adoração era de carne e osso ou de pedra. "O erótico precede a arte, independente do objeto fotografado", afirmava. Em ambos, a manifestação da divindade, do sagrado que toma a forma de Eros, estava presente para Alair. Para Fabio Settimi, idealizador da mostra, ".. a ênfase no erótico masculino é ? conceitualmente- idêntica à percebida nas célebres séries expostas em Paris em 2001, na Fondation Cartier, de rapazes no Rio".

As fotografias que ocuparam a Maison Européene de La Photographie em Paris, durante os meses de junho e agosto de 2009, e o Paço Imperial no Rio de Janeiro- entre outubro e novembro, mantém a estrutura discursiva cinemática do fotógrafo, que organizava suas imagens em grupo ou sequências, possibilitando a criação de cadências, significados e ritmos, ao feitio dos movimentos de uma composição musical. Não por acaso, as suas mais famosas obras foram batizadas por Alair como ´sonatina´.

A visita do fotógrafo à Europa, além das fotografias, rendeu um texto de viés filosófico, na forma de um diário, escrito em inglês e batizado pelo próprio com o nome que dá o título da exposição. Com a intenção de contextualizar para o espectador o momento da criação do artista, trechos desse material serão exibidos na Galeria Bergamin junto com as páginas dos originais e alguns cadernos com anotações da viagem. Pelo mesmo motivo, estarão presentes uma das sonatinas e o famoso Tríptico de Praia n° 20. A primeira ilustra o padrão de sequenciamento de imagens do artista, enquanto o segundo revela as mesmas angulações e
cortes utilizados mais tarde por ele no registro das estátuas.

Em vida, Alair Gomes só conseguiu realizar uma exposição individual. A quase totalidade de seu acervo- cerca de 170 mil negativos e 16 mil fotos- foi doado pela irmã à Biblioteca Nacional, no Rio de Janeiro. O restante está presente em coleções particulares, em grande parte nas coleções de Gilberto Chateubriand, que recentemente doou à Pinacoteca do Estado uma sonatina e um tríptico, do diplomata Joaquim Paiva e em acervos institucionais da Europa (Fondation Cartier pour l'Art Contemporain e Masion Européenne de la Photographie, entre outras). Estas coleções deram origem às exposições póstumas no MAM do Rio de Janeiro ( Corpus, 2003
) e na Usina do Gasômetro, em Porto Alegre ( Alair Gomes: um voyeur natural, 2008). Em São Paulo, o Museu da Imagem e do Som (MIS) realizou em meados da década de noventa uma grande mostra individual curada por Ivo Mesquita e composta pelo extenso acervo do artista pertencente à coleção Chateaubriand. Com 'A New Sentimental Journey,'(Uma Nova viagem Sentimental) reafirma-se o reconhecimento a uma das obras mais instigantes e originais já produzidas por um dos maiores artistas brasileiros reconhecido internacionalmente.

ALAIR GOMES

Nascido em 1921 na cidade fluminense de Valença, aos 23 anos, Alair Gomes forma-se em Engenharia Civil, mas sua curiosidade e desenvolvido seu aparato intelectual logo o levariam a diversas outras áreas do conhecimento. Aos 25 funda, com o poeta Marcos Konder Reis (1922-2001) e outros amigos, a revista literária Magog. Em 1948, abandona de vez a Engenharia para se dedicar aos estudos de física, matemática, biologia, filosofia e neuropsicologia. Torna-se professor do Instituto de Biofísica no fim da década de 50 e em 62 parte para um ano de pesquisas na Universidade de Yale, nos Estados Unidos, graças a uma bolsa concedida pela fundação Guggenheim.

A partir dos anos 60, começa a se dedicar regularmente à crítica de arte e à fotografia. Passa, então, a fotografar obsessivamente os jovens rapazes freqüentadores das praias cariocas, empunhando a câmera na areia ou posicionando-se, como um voyeur, na janela de seu apartamento em Ipanema. Foi dali que, usando poderosas teleobjetivas, Alair capturou grande parte das imagens sequenciais que deram origem às famosas sonatinhas.

Entre 1967 e 1991, registra sistematicamente o carnaval carioca, sempre com uma abordagem homoerótica. De 1977 a 1979, atua como coordenador de fotografia da EAV- Escola de Artes Visuais do Parque Lage.

Em 1992, morre vitima do objeto de seu próprio fascínio: é assassinado pelo jovem e belo segurança de uma loja de discos em Ipanema, com o qual mantinha um romance.

MIGUEL RIO BRANCO

Nascido em Las Palmas de Gran Canaria, Espanha. É pintor, fotógrafo e diretor de filmes. Realizou seus estudos no New York Institute of Photography em 1968 e na Escola de Desenho Industrial do Rio de Janeiro. Como fotógrafo desenvolve um trabalho de caráter documental de forte carga poética. Reconhecido como um dos melhores fotojornalistas do mundo, é correspondente da Magnum Photos desde 1980. Ganhador dos principais prêmios do ramo, tem diversos livros publicados sobre seu trabalho fotográfico e obras em importantes coleções: Centre Georges Pompidou, de Paris Stedelijk Museum de Amsterdam, Metropolitan Museum, de Nova York e Museu de Arte de São Paulo entre outros.

SERVIÇO

Exposição "A New Sentimental Journey"- Alair Gomes

Inauguração: 13 de março (sábado)

Período:

15 de março a 10 de Abril de 2010

Segunda a Sexta, 11h às 19 h

Entrada Franca

Galeria Bergamin

Rua Rio Preto, 63 Jardins -São Paulo

sp@bolsadearte.com | www.bolsadearte.com

Na ocasião será lançado o livro Alair Gomes:

A New Sentimental Journey

(Cosac Naify e Maison Européenne de La Photographie)

Informações à imprensa:

Marra Assessoria de Comunicação Ltda.

Tel./fax: (11) 3258 4780

Mariana Figueiredo ? marianafigueiredo@paulomarra.com.br

Paulo Marra ? marra@paulomarra.com.br

Site: www.marracomunicacao.com.br

Semana da Fotografia

Wednesday, January 27, 2010

WEDDING BRASIL 2010



WEDDING BRASIL 2010
O maior congresso especializado em fotografia de casamento da América Latina

Bastou uma única edição do Wedding Brasil, para o evento se consolidar como o maior congresso especializado em fotografia de casamento da América Latina. Em abril de 2010 acontece a segunda edição e, a partir deste ano, o congresso ficou ainda maior e mais completo: serão 03 (três) dias de congresso (29 horas de congresso) e mais 03 (três) dias de workshops (23horas de workshops) para você ampliar de maneira consistente seus conhecimentos em linguagem, marketing, técnicas, equipamentos ou estilos fotográficos. Novas tendências e ideias transformadoras... Inspire-se e alcance o sucesso!
www.weddingbrasil.com.br


Objetivos do Wedding Brasil
O Wedding Brasil é um evento de reciclagem, oportunidades e troca de experiências. Surgiu como pioneiro por focar exclusivamente a fotografia de casamento, ao trazer aos profissionais da área acesso a informações técnicas e de qualidade.

Informações básicas
O Wedding Brasil acontecerá dias 3 a 8 de abril de 2010. Dias 6,7 e 8 será o congresso Wedding Brasil, realizado no Auditório Simon Bolívar no Memorial da América Latina em São Paulo-SP (www.memorial.sp.gov.br) e dias 3,4 e 5 os workshops do Wedding Brasil, realizados no Studio Six também em São Paulo-SP.

Público alvo do congresso
O público alvo do congresso são fotógrafos amadores, intermediários e profissionais, de toda América Latina, em busca de dominar e reciclar o conhecimento sobre a fotografia de casamento.

Palestrantes do congresso

1º DIA - 06 abril 2010
VENDAS - VINICIUS MATOS - "Fechando mais contratos através de uma estratégia de vendas eficaz"
MAKING-OF - DANILO VIEIRA - "Making-of dos noivos: Explore ao máximo esse momento"
LINGUAGEM FOTOGRÁFICA - CLAUDIO FEIJÓ - "Descondicionamento do Olhar: saia da rotina"
ENSAIO - ANDERSON MIRANDA - "Trash the Dress: uma nova tendência mundial"

2º DIA - 07 abril 2010
CERIMÔNIA - FER JUARISTI (México) - "A fotografia além da cerimônia"
CERIMÔNIA - DAUD PACHA - "Casamento religioso: cena por cena"
ILUMINAÇÃO - RAPHAEL FRAGA - "Flash TTL: o seu grande aliado"
CERIMÔNIA - ALE BORGES - "O segredo da boa foto ainda é a simplicidade"
FESTA - LAURO MAEDA - "Festa: Explorando um universo de luzes e cores"

3º Dia - 08 abril 2010
DIREÇÃO - MÁRCIA CHARNIZON - "Direção aplicada à fotografia de casamento"
PÓS-PRODUÇÃO - ALEX VILLEGAS - "Pós-produção na fotografia de casamento"
RETRATOS - RENATA XAVIER E LEANDRO LUCAS - "Retratos: a elegância em apenas 10 minutos"
MARKETING - DAVID JAY (EUA) - "10 maneiras para se fazer um marketing de resultados"


Palestrantes dos workshops

1º DIA - 03 abril 2010
CASAMENTO E SEUS DETALHES - EVANDRO ROCHA
LIGHTROOM PARA CASAMENTOS - CLICIO BARROSO
ENSAIO EDITORIAL NO CASAMENTO - ADRIANO GONÇALVES

2º DIA - 04 abril 2010
ENSAIO DOS NOIVOS - FER JUARISTI (MEX)
TRATAMENTO DE IMAGENS: PHOTOSHOP CS4 NA PRÁTICA - ALEX VILLEGAS
DESCOBRINDO O FLASH TTL - RAPHAEL FRAGA

3º DIA - 05 abril 2010
MARKETING NA INTERNET - VINICIUS MATOS
TRASH THE DRESS - ANDERSON MIRANDA
A ARTE DE FOTOGRAFAR BEBÊS, CRIANÇAS E FAMILIA - FERNANDA SÁ


Quem realiza
O Wedding Brasil é uma realização da Editora Photos, empresa que há mais dez anos atua no segmento fotográfico inserindo no mercado informações de qualidade através de suas publicações: revista Photos & Imagens (voltada para o mercado fotográfico) revista Photo Magazine (onde a fotografia é arte), livros de fotografia, tratamento de imagens, DVDs didáticos, cursos in-company e workshops por todo país e, realizada o congresso Estúdio Brasil. (www.editoraphotos.com.br).

Assessoria de Imprensa
A Assessoria de Imprensa Oficial é realizada pela própria organizadora. Para mais informações sobre o Wedding Brasil 2010, entre em contato com: Daniele Ebeling Por telefone Fone: +55 (47) 3405 4900 De segunda a sexta-feira, das 10 às 17h. Por e-mail: assessoria@editoraphotos.com.br

Credenciamento para Jornalistas
Se você é jornalista e deseja fazer a cobertura do evento, solicite sua credencial. As vagas são limitadas e dependem de aprovação. Solicite com Daniele Ebeling nos contatos divulgados acima

Thursday, January 21, 2010

Workshop de Colagem

Ludovic CAREME

URBI ET ORBI




Com curadoria de Hugo Fortes, Urbi et Orbi traz ao Paço das Artes vídeos que partem das experiências de deslocamento do artista contemporâneo

A exposição apresenta vídeos de artistas brasileiros e estrangeiros com seus olhares multiculturais sobre as metrópoles contemporâneas. O filme Dinâmica da Metrópole (2005), baseado em roteiro de 1921 de Moholy-Nagy, destaca-se por atualizar o legado deste precursor da ideia de artista multimídia em trânsito

Os artistas Hugo Fortes e Síssi Fonseca partem de suas vivências em Berlim e trazem ao Paço das Artes, de 26 de janeiro a 04 de abril, a exposição Urbi et Orbi - Para a cidade e para o mundo, composta por 12 vídeos brasileiros e estrangeiros que se focam no olhar revelador do artista contemporâneo, um grande observador em constante mobilidade geográfica à procura de novos modos de ver e sentir. No dia 25 de janeiro, às 19h, ocorre palestra do curador Hugo Fortes seguida de visita guiada à exposição. A partir das 20h, a performance Trajetos da artista e assistente de curadoria Síssi Fonseca marca a abertura da exposição, em evento gratuito e aberto ao público.

Os vídeos descrevem os processos de deslocamento dos indivíduos no ambiente globalizado e transnacional da atualidade. Artistas de nacionalidades diversas usam cidades de vários países (Alemanha, Brasil, Colômbia, França, Japão e Índia) como ponto de partida para discutir a diluição de fronteiras temporais e espaciais que o mundo atual experimenta. Surgem desse processo tensões culturais entre local e global em situações que envolvem identificação e estranhamento, solidariedade e conflito.

Embora centrada na produção atual, Urbi et Orbi – Para a cidade e para o mundo apresenta o filme Dinâmica da Metrópole, experimento cinematográfico de 2005 feito a partir do estudo de um roteiro de 1921-22 do artista László Moholy-Nagy que não chegou a ser filmado à época. A realização ficou a cargo de um grupo de pesquisa da Universität der Künste Berlin coordenado por Andreas Haus, que mesclou imagens originais e atuais para retratar a movimentação da metrópole de Berlim com poéticas construtivistas, dadaístas e futuristas. László Moholy-Nagy, artista e professor da Bauhaus no começo do século XX, é um dos símbolos do espírito de uma época marcada pelas possibilidades trazidas pela eletricidade e pela indústria: viveu nas metrópoles de Berlim e Nova York e transitou por diversas mídias (pintura, fotografia, cinema e design).

“O fenômeno do ‘artista em trânsito’ é o foco principal da exposição. Cada vez mais os artistas contemporâneos desenvolvem suas poéticas a partir de viagens e residências internacionais, o que lhes confere novas visões de mundo e possibilidades de expansão criativa. A ideia da exposição surgiu a partir das nossas vivências por dois anos em Berlim, onde travamos contato com os artistas e trabalhos que serão exibidos.”, explicam Hugo Fortes e Síssi Fonseca.



Sobre o curador
Hugo Fortes é artista plástico, designer e professor da USP. De 2004 a 2006 viveu em Berlim como bolsista de doutorado do Serviço de Intercâmbio Acadêmico Alemão (DAAD) e CAPES. Como artista já expôs no Brasil, Alemanha, França, Espanha, Dinamarca, Grécia, Chile, Venezuela, Marrocos, Armênia e Filipinas. Tem participado regularmente de festivais de vídeo como o Videobrasil, o Videoformes (França), a Kunstfilmbiennale (Alemanha), Athens Videoart Festival (Grécia). Entre suas últimas exposições estão Tierperspektiven, no Georg-Kolbe Museum (Berlim, Alemanha), Nouvelles de São Paulo, na École Nationale des Beaux-Arts (Paris, França), Deformes Bienal Internacional de Performance (Santiago, Chile) e Mostra Verbo, na Galeria Vermelho (São Paulo).

Artistas e obras exibidas

Andreas Haus (Alemanha) / Walter Lenertz (Alemanha) e grupo da Universität der Künste Berlin Dynamik der Großstadt, ein filmisches Experiment nach L. Moholy-Nagy (Dinâmica da Metrópole – um experimento cinematográfico a partir de roteiro de László Moholy Nagy)
Alemanha, 2005/6 , 14 min
A partir de um projeto original de 1921-22 do artista construtivista Moholy-Nagy, o grupo de pesquisa da Universität der Künste Berlin (Universidade das Artes de Berlim) realizou, em 2005, uma versão atual do filme Dinâmica da Metrópole, que nunca chegou a ser filmado pelo próprio Moholy-Nagy. Com uma estética embasada no Construtivismo, no Dadaísmo e no Futurismo, o filme retrata as energias formais e emocionais da grande cidade em movimento. A figura de Moholy-Nagy é emblemática na exposição, já que se trata de um dos artistas do início do século XX de grande trânsito internacional, tendo nascido na Hungria e vivido na Alemanha e nos Estados Unidos. Seu fascínio pelo movimento e pela metrópole e sua busca de um olhar inovador podem ser vistos neste filme.

Antje Engelmann (Alemanha) / Cyrill Lachauer (Alemanha)
Ein Kolonialfilm (Um filme colonial), 2008, 5 min
Em um ambiente rural na Colômbia, um casal se encontra para uma dança entre o sonho e a realidade. Incorporando os estereótipos de sul-americanos, o casal de artistas alemães assume uma nova identidade em uma narrativa irônica e aberta, que leva o espectador a questionar a representação dos papéis sociais e sexuais, suas relações de poder e dominação e as aparências.

Cao Guimarães (Brasil) / Rivanne Neuenschwander (Brasil)
Volta ao mundo em algumas páginas, Brasil/Suécia, 2002, 15 min
O vídeo mostra uma ação realizada pelos artistas em uma biblioteca de Estocolmo, Suécia. Os artistas inserem pequenos pedaços do mapa-mundi em meio a livros escolhidos aleatoriamente para serem encontrados por futuros leitores. Imagens de recordações de viagens são intercaladas entre as imagens dos livros, levando a uma reflexão poética sobre o transitar pelo mundo.

Carola Schmidt (Áustria)
Eine Zerstäubung in mehreren Posen (Uma pulverização em diversas poses), Alemanha, 2005, 13 min
Em um velho teatro, antigas atrizes revivem após um sono centenário e disputam uma vaga em uma audição. No porão do teatro, uma personagem limpa com vigor todo o pó do século, dissolvendo sua própria imagem. Outra figura misteriosa engole algodão, enquanto poemas sobre memória e culpa são lidos por várias vozes. Neste vídeo de impressionante resultado visual, a pulverização da história e seu apagamento são apresentadas de forma surreal e poética. O filme reúne atuações de artistas de origem alemã, inglesa, australiana, brasileira e austríaca. O acerto de contas com a pesada história dos países de língua germânica se dá através de um ambiente multicultural contemporâneo.

Hugo Fortes (Brasil)
Noturno, Alemanha, 2006, 5 min
Neva. É noite. Os últimos carros e transeuntes voltam para suas casas. Apenas os faróis continuam a piscar. Captado pela janela do próprio apartamento do artista em Berlim, o vídeo propõe um olhar sobre a melancólica paisagem noturna de Berlim, o tempo, o trânsito e o fluxo da vida.

Lina Kim (Brasil)
Stairs, Alemanha/Índia, 4 min. A artista brasileira, de origem coreana, que vive atualmente em Berlim, realiza este trabalho em sua viagem à Índia. Suas imagens poéticas mostram um homem lavando uma escada de uma rua em uma cidade indiana, onde tudo é trânsito, fluido e passagem.

Martyna Starosta (Polônia)
Pyromanic Exercises (Exercícios Piromaníacos), Alemanha, 2009, 11 min
O vídeo é uma espécie de parábola sobre poder, impotência e terrorismo. Nesta irônica videoperformance, a artista afirma ser capaz de provocar incêndios em lojas de departamento, shoppings centers e outros símbolos do capitalismo a partir de poderes telepáticos. Sua origem polonesa lhe fornece um olhar crítico sobre o capitalismo que invade Berlim cada vez mais.

Rabi Georges (Alemanha)
I fuck you, Alemanha, 2007, 4 min
Nesta videoperformance o artista desafia valores da sociedade, interagindo corporalmente e sensualmente com esculturas e monumentos públicos, em uma atitude iconoclasta e provocativa. Nascido na Alemanha, porém de origem árabe, o artista realiza frequentemente trabalhos em que questiona os choques culturais e os papéis sexuais tradicionais nas culturas ocidentais e orientais.

Rachel Rosalen (Brasil) / Marit Lindberg (Suécia)
Post-diaries (Pós-diários), Japão/Suécia/Brasil, 2008, 15 min
Uma artista brasileira e uma artista sueca reconstroem suas impressões sobre uma visita ao Japão realizada cinco anos antes da edição final do vídeo. As memórias e sensações que restaram dos momentos ali vividos são reelaboradas a quatro mãos, criando uma narrativa fragmentada feita de percepções sensíveis de uma cultura distante no espaço e no tempo.

Silvia Marzall (Brasil/Alemanha)
Moment: raised, videoinstalação com dois canais, Alemanha, 2007, 3 min
Nesta videoinstalação o movimento de um homem e de uma mulher em balanços é mostrado de forma a colocar em suspensão o poder da gravidade e a passagem natural do tempo. O momento do ápice da suspensão no ar ao balançar é estendido causando uma tensão, parecendo que os corpos dos personagens estão prestes a se soltar. As ideias de trânsito constante e fluidez estão expressas metaforicamente no vaivém dos balanços. Silvia Marzall é artista brasileira, crescida na Itália e vivendo na Alemanha. Este trabalho foi realizado em Berlim, em cooperação com o artista australiano Govinda Lange.

Síssi Fonseca (Brasil)
Trajetos, performance, 20 min, 2010
Nesta performance a artista circula entre os visitantes da exposição, caminhando de diversas formas, como diferentes pessoas em diversas situações nas ruas das metrópoles. Ela observa o gestual dos transeuntes e interage com o público. Ao final ela abre um imenso mapa imaginário de uma metrópole, sobre o qual circula e delineia seus passos.

Ulf Aminde (Alemanha)
Weiter (Continue), Alemanha, 2003, 10 min
Em um terreno abandonado, punks brincam de dança das cadeiras. Um comentário irônico sobre os costumes e os trânsitos sociais.

Wagner Morales
Les Bonnes Manières (As boas maneiras), videoinstalação com dois canais, França/Brasil, 2006, 8 min
A partir de uma residência realizada em Paris, o artista observa os costumes franceses, confrontando a imagem que se tem da França propagada em seus livros de boas maneiras com a realidade da vida diária encontrada no metrô e nas ruas desta metrópole europeia.


S e r v i ç o

Urbi et Orbi – Para a cidade e para o mundo – curadoria de Hugo Fortes e assistência de Síssi Fonseca
Abertura: 25 de janeiro de 2009|Palestra seguida de visita guiada com Hugo Fortes às 19h | Performance Trajetos de Síssi Fonseca a partir das 20h |gratuito e aberto ao público

Visitação: de 26 de janeiro a 04 de abril de 2010. Terças a sextas, das 11h30 às 19h; sábados, domingos e feriados, das 12h30 às 17h30. Gratuito

Local: Paço das Artes
Endereço: Avenida da Universidade, nº 01, Cidade Universitária, São Paulo
Tel: (11) 3814-4832 |Site: www.pacodasartes.org.br
Acesso e elevador para cadeirantes. Ar condicionado

Núcleo educativo
Informações e agendamento de visitas orientadas para grupos
Tel: (11) 3814-4832 / ramal 4

Informações para a imprensa
Caroline Carrion: caroline@mis-sp.org.br | 2117-4777, ramal 312

Monday, January 18, 2010

Cidades Imaginadas



MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
press-release


CIDADES IMAGINADAS

Os espaços e as imagens das cidades sempre receberam atenção dos artistas na construção das mais variadas poéticas. O debate contemporâneo aprofunda essa relação ao apresentar a cidade não só pelo seu aspecto físico, suas arquiteturas e paisagens, mas muito mais pelo que ela representa para seus habitantes. A exposição Cidades Imaginadas oferece ao público o olhar de três artistas que exploram questões estéticas envolvendo a cidade. Waldo Bravo, Hélcio Magalhães e Jonathas de Andrade buscam mostrar a cidade além do que é visível, aproximando o público daquilo que pode ser percebido, sonhado, imaginado.

Para Lisbeth Rebollo Gonçalves, curadora da exposição, "o novo conceito de cidade vem abrindo espaço para o imaginário. Não é mais admissível que o traçado urbano limite-se a princípios econômicos ou funcionais. É imprescindível considerar o imaginário que move os habitantes e usuários das cidades". Em Cidades Imaginadas cada um dos artistas recolhe dados do cotidiano da metrópole e, de modo original, adiciona novo significado à realidade estimulando o envolvimento perceptivo do público.

Waldo Bravo circula entre o revelar e o esconder. A cidade se faz invisível justamente por ser tão visível, como a paisagem diária que desaparece entre a pressa para tomar o ônibus e o cansaço no final de mais um dia. Em outra série, os ícones da metrópole paulistana escondem-se em impressões distorcidas, decifradas quando o espectador se aproxima da imagem e a revela refletida em um espelho.

Jonathas de Andrade entrevistou moradores de Recife seguindo o roteiro de um formulário de 1981 sobre costumes morais e de convivência. O estranhamento dos entrevistados é acompanhado de imagens que remetem aos lugares visitados em uma escala mais íntima, da casa. "Esta tentativa de mapeamento moral extemporâneo coloca sobre a estrutura física da cidade uma outra possibilidade, ainda que frustrada, de classificação, que começa na menor célula urbana, a da família, e se multiplica para ocupar o território", observa Sylvia Werneck, curadora-adjunta da exposição.

Hélcio Magalhães monta um mosaico de personagens, lugares e registros oficiais. Para isso captura imagens da vida corrente do centro de São Paulo, usa fotografias de documentos, atemporais, que se pretendem despidas de significados, e retratos posados, de estúdio, em que o retratado cede espaço à fantasia de encarnar personagens. Apresentadas assim, em convívio simultâneo, as imagens tecem uma malha de relações que forma o tecido urbano da grande metrópole.


Exposição Cidade Imaginadas
Curadoria Lisbeth Rebollo Gonçalves e Sylvia Werneck (curadora adjunta)
Abertura 21 de janeiro de 2010
Encerramento 31 de março de 2010
Funcionamento terça a domingo das 10 às 18 horas
Local MAC USP Ibirapuera
Pavilhão Ciccillo Matarazzo, 3º piso – Parque Ibirapuera
Telefone 11 5573.9932
Entrada franca
www.mac.usp.br



MAC USP – Imprensa e Divulgação
Sérgio Miranda – (11) 3091.3018 / 3091.1118 – smiranda@usp.br

MEZANINO: Fôlego Do Gesto

Pablo Di Giulio

Wednesday, January 06, 2010

Cenas da Infância : 60 Anos Pós- Guerra no Japão


NobuyoshiAraki


Haruo Ohara


Cenas da Infância: 60 anos pós-guerra no Japão

Recortes no tempo e no espaço do Japão serão apresentados em 100 peças fotográficas pela primeira vez no Brasil


©Ken Domon, The Japan Foundation

Retrato das transformações do cotidiano japonês contado por crianças. Esta é a proposta da exposição fotográfica que a Fundação Japão e a Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa e de Assistência Social - Bunkyo organizam para janeiro de 2010. Com enfoque na vida cotidiana das crianças, a mostra aborda a transformação social no país asiático após a devastação da Segunda Grande Guerra Mundial.


©Ihee Kimura, The Japan Foundation

Terreiro de café – Sunao, filho de Haruo, c. 1949
Local: Chácara Arara, Londrina-PR

Foto: Haruo Ohara / Acervo Instituto Moreira Salles

Retratadas pelas lentes de conhecidos fotógrafos como Nobuyoshi Araki e Ken Domon, entre outros nomes, as fotografias nos conduzem não somente ao conhecimento do panorama histórico do Japão em imagens até os dias atuais, mas também à reflexão do comprometimento dos homens com a paz.


©Kazuyoshi Miyosh, The Japan Foundation

Ciro e Maria, filhos de Haruo, 1950
Local: Chácara Arara, Londrina-PR

Foto: Haruo Ohara / Acervo Instituto Moreira Salles

A coleção pertence ao acervo da Fundação Japão, que organiza exposições itinerantes internacionais com o intuito de promover o intercâmbio cultural entre os povos. Depois do Brasil, a mostra segue para Venezuela, em 2010. Anteriormente, ela passou pelos Estados Unidos, Costa Rica, Honduras, Alemanha, Nova Guiné, Tanzânia, Bósnia, Irã, Arábia Saudita e Camarões.

Criança com jaca, c. 1950
Local: Chácara Arara, Londrina-PR

Foto: Haruo Ohara / Acervo Instituto Moreira Salles

Haruo Ohara
Paralelamente, acontece uma mostra digital de 61 fotos do extenso acervo fotográfico de Haruo Ohara (1909-1999), com apoio do Instituto Moreira Salles (IMS). As crianças, descendentes dos imigrantes japoneses, retratadas pelas lentes de Ohara (também japonês que migrou para o Brasil em 1927), demonstram muitas vezes uma conversa nem sempre paralela, mas congruente com a história das crianças japonesas.

Em 2008, seu acervo de 20 mil negativos e outros materiais, foi doado pela família ao IMS, que em homenagem ao Centenário da Imigração Japonesa no Brasil, organizou a mostra “Japão – Mundos Flutuantes” na Galeria de Arte do Sesi, em São Paulo.

Em 1938, Haruo comprou sua primeira máquina fotográfica e começou a registrar sua vida cotidiana em Londrina (PR). Em 1951 foi um dos fundadores do Foto Cine Clube de Londrina e associou-se ao Foto Cine Clube Bandeirante, de São Paulo, rendendo participação em salões nacionais de fotografia. Foi homenageado no Festival Internacional de Londrina, em 1998. No mesmo ano e também em 2000, suas obras participaram da 2ª e 3ª Bienal Internacional de Fotografia Cidade de Curitiba. Em 2003, recebeu uma sala especial na 12ª exposição da Coleção Pirelli Masp.
Serviço
Mostra “Cenas da infância: 60 anos pós-guerra no Japão”
Mostra digital de fotografias de Haruo Ohara

Data: 04 a 17 de janeiro de 2010
Local: Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa e de Assistência Social - Bunkyo (Salão Nobre - 2º andar)
Rua São Joaquim, 381 - Liberdade
Entrada gratuita
Horário: Seg a sexta, das 12h às 18h e aos sábados e domingos, das 10h às 18h
Realização: Fundação Japão em São Paulo e Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa e de Assistência Social - Bunkyo
Apoio: Consulado Geral do Japão em SP, Instituto Moreira Salles, Semp Toshiba, Topan Press e Hakushika
Patrocínio: Fundação Kunito Miyasaka

Informações:
Fundação Japão (11) 3141. 0110 / info@fjsp.org.br
Bunkyo (11) 3208-1755 / atendimento@bunkyo.org.br
Sites: www.fjsp.org.br / www.bunkyo.org.br

Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa e de Assistência Social - Bunkyo
Célia Abe Oi – Assessoria de Imprensa
(11) 3208-1755 – celia@bunkyo.org.br
Informações, fotos e contatos para imprensa:
Erico Marmiroli - (11) 9372 7774 / (11) 3865 0656 - erico.marmiroli@gmail.com
Sandra Keika Fujishiro - (11) 3141 0110 - kei@fjsp.org.br

Caio Reisewitz - Parece Verdade