Tuesday, March 27, 2012

Donde Estoy, Estoy a te Esperar

Thursday, March 22, 2012

PROCESSOS PÚBLICOS

SAGA POMERANA NO ESPÍRITO SANTO

CAPA


Emílio Schultz


Emílio Schultz


Emílio Schultz


Rogério Medeiros


Rogério Medeiros


Rogério Medeiros


Ervin Kerckhoff



Ervin Kerckhoff


Apoena Medeiros


Apoena Medeiros


Saga Pomerana no Espírito Santo


Quase cem anos de história dos imigrantes pomeranos e seus descendentes integram o livro de fotografia “Pommerland: a saga pomerana no Espírito Santo”, que será lançado em Santa Maria de Jetibá, região serrana do Estado, no próximo dia 23 de março. A vasta documentação revela, através de uma rica narrativa visual, a luta diária dos imigrantes europeus que chegaram ao Brasil e ocuparam o interior do Espírito Santo, pelas lentes de quatro fotógrafos: Ervin Kerckhoff, Emilio Schultz, Rogério Medeiros e Apoena Medeiros, pai e filho. A publicação terá também o lançamento em Vitória, capital capixaba, no dia 12 de abril.

Captadas entre as primeiras décadas do século passado e o início deste, o livro apresenta retratos e cenas focando múltiplos aspectos da vida social, cultural e econômica dos imigrantes nas comunidades agrícolas da região serrana do Espírito Santo e do norte do Estado.

Os registros de Ervin Kerckhoff e Emilio Schultz, já falecidos, refletem as dificuldades e a determinação dos fotógrafos para sobreviver da produção e comercialização de retratos nas comunidades pomeranas, tanto pelas dificuldades geográficas quanto tecnológicas. Em diferentes épocas, documentaram a epopeia deles nos trópicos. Kerckhoff registrou a fixação dos colonos em meio a mata atlântica de montanha, nos primórdios do século XX. Já a documentação de Schultz deu continuidade à saga pomerana, com a marcha das gerações seguintes para desbravar a região norte capixaba.

Já Rogério e Apoena Medeiros, fotógrafos contemporâneos, destacam a chegada da modernidade às comunidades agrícolas nas últimas décadas. Começando as documentações fotográficas na década de 1970, com o pai, e virando o milênio sob o olhar do filho. Sua contribuição nesta narrativa visual lança um olhar atento sobre os hábitos tradicionais que as gerações mais jovens procuram preservar, ao mesmo tempo que as benesses tecnológicas facilitam e os encantam.

Os passos dos imigrantes em terras capixabas são registrados com riqueza de detalhes, nas 204 páginas que integram o livro “Pommerland: a saga pomerana no Espírito Santo”, patrocinado pela Oi, através do Oi Futuro, e idealizado pela Agência Porã (ES).

Com textos em português e alemão, assinados por Almerinda da Silva Lopes – doutorada em Comunicação e Semiótica e professora da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) – e pelos jornalistas Rogério Medeiros e Stenka do Amaral Calado, mais do que um acervo de imagens, o livro chega ao público com a proposta de enriquecer a memória nacional. Imagens de uma celebrada vitória coletiva, legadas à posteridade.






Sobre os fotógrafos

Ervin Kerckhoff: Nascido em Berlim, a 1 de setembro de 1886 e falecido em Santa Maria de Jetibá - ES, em 22 de julho de 1972, declarava exercer a profissão de “artista fotográfico”, com conhecimentos adquiridos no país de origem. Faz parte da leva de pioneiros da fotografia no Brasil. Itinerava pelas comunidades agrícolas da região serrana do Espírito Santo, comercializando retratos a famílias de colonos, carregando em lombo de cavalo o pesado equipamento e materiais fotográficos para preparar os negativos.

Emilio Schultz: Nasceu no município de Santa Leopoldina, a 10 de setembro de 1904, filho de lavradores originários da Pomerânia, fixados no final do século XIX nessa localidade capixaba. Transferiu-se em 1937, com a esposa e os filhos para o atual município de Pancas, norte do Estado, onde permaneceu até a morte, em 1988. Aumentava a renda familiar dividindo o trabalho na lavoura com atividades de cunho artístico, entre elas, a de fotógrafo profissional. Embora se desconheça como aprendera a processar imagens, sabe-se que iniciou a atividade por volta de 1946, exercendo-a até a década de 1970.

Rogério Medeiros: fotógrafo e jornalista, passou pelos jornais O Diário, A Tribuna, Notícias e A Gazeta – em Vitória, e O Estado de S. Paulo e Jornal do Brasil. Em 1998, fundou a Revista Século, que circulou até 2000, dando lugar ao jornal eletrônico Século Diário. Também fundou e dirigiu a Agência Vix, uma das pioneiras agências de fotografia do país. Tem cinco livros publicados: Espírito Santo, o Encontro das Raças – 1983, Espírito Santo, Maldição Ecológica –1983, Folclore do Espírito Santo, com textos de Hermôgenes de Lima Fonseca –1985, Augusto Ruschi, o Agitador Ecológico – 1995 e Um novo Espírito Santo – onde a corrupção veste toga – 2010. Jornalistas premiado, participou de roteiros e direção de oito documentários, além das exposições O Espírito Santo em Preto e Branco (Centro Cultural da Justiça Eleitoral –RJ/2009, e Galeria Francisco Schwartz – ES/2008); Folclore quilombola (Porto de São Mateus – ES/2007); Os Sobreviventes das Areias (Centro Cultural da Justiça Federal – RJ/2007, e Parque Estadual de Itaúnas/2006); Um Olha sobre o Estado (Galeria Santa Luzia, Vitória) e Naturalista: homenagem a Augusto Ruschi (Museu Melo Leitão/1990 e 2003).

Apoena Medeiros: repórter fotográfico e coordenador técnico da Agência Porã (sócio fundador). Atua como fotojornalista desde 2000. Documentou o artesanato de conchas de Piúma (ES) que resultou em uma exposição individual (2007) e no livro O Artesanato de Conchas do Espírito Santo (2009). Fotografou o livro Receitas Culinárias do Mosteiro Zen de Ibiraçu (2004). Organizou e ministrou o curso Fotografia Básica para Adolescentes – Projeto Cidadania e Solidariedade a grupos especiais, no Hospital Colônia Pedro Fontes (2009). Coordenou os cursos O Universo da Cor (Walter Firmo) e A Favela Vê a Favela (Observatório de Favelas), além de fazer a curadoria da exposição O Fotoclubismo no Espírito Santo (coletivos de fotoclubistas) dentro do festival de fotografia Vitória Foto (2008). Realizou também, em conjunto com Fred Pacífico, as curadorias das exposições O Espírito Santo em Preto e Branco (Centro Cultural da Justiça Eleitoral – RJ/2009 e Galeria Francisco Schwartz – ES/2008), e Os Sobreviventes das Areias (Centro Cultural da Justiça Federal – RJ/2007). Foi o responsável por organizar e fazer a correta armazenagem do arquivo da Agência Vix (2000 – 2004).

SERVIÇO:

- Lançamento do livro “Pommerland: a saga pomerana no Espírito Santo”.
Data: 23 de março.
Horário: 18 horas.
Local: Museu de Imigração Pomerana, s/n, à rua Dalmácio Espíndula, Santa Maria de Jetibá. Telefone: (27) 3263-2727.



- Lançamento do livro “Pommerland: a saga pomerana no Espírito Santo”.
Data: 12 de abril.
Horário: 19 horas.
Local: Biblioteca Pública Estadual Levy Cúrcio da Rocha, à Avenida João Batista Parra, 165, Praia do Suá. Telefone: (27) 3137-9351.

Número de páginas: 204
Formato: 28 x 28 cm
Número de imagens: 167 imagens
Preço: R$ 60,00


CONTATOS para Imprensa:

Fred Pacífico – (21) 8186-6769
agenciapora@gmail.com
Organização e Coordenação Editorial

Apoena Medeiros – (27) 9987-3042
agenciapora@gmail.com
Fotógrafo

Sunday, March 18, 2012

NA TELA DA VARANDA PROJEÇÃO

Novas Aquisições 2010 - 2012 Coleção Gilberto Chateaubriand

Alexandre Mury

Bruno Miguel


Marepe


Paulo Nazareth


Pedro Victor Brandrão



Novas Aquisições 2010 – 2012
Coleção Gilberto Chateaubriand


Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro
[Segundo Andar: Espaço Monumental + salas 2.2 e 2.3]
Abertura: 21 de março de 2012, às 19h
Exposição: 22 de março a 20 de maio de 2012
Curadoria: Luiz Camillo Osorio e Marta Mestre
Mantenedores do MAM: Petrobras e Light


O Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, a Petrobras e a Light apresentam a exposição “Novas Aquisições 2010/2012 – Coleção Gilberto Chateaubriand”, que ocupará uma área de mais de 1.100 metros quadrados, que abrange o Espaço Monumental do museu e mais duas salas do segundo andar. A mostra terá cerca de 70 obras de artistas brasileiros incorporadas recentemente à coleção Gilberto Chateaubriand, no período entre 2010 e agora.

Organizadas periodicamente pelo MAM, as exposições das aquisições feitas por Gilberto Chateaubriand revelam não somente as mais recentes tendências da arte brasileira, como o olhar e o vigor do colecionador na busca de novos artistas nas diversas regiões do país. Fazem parte da atual mostra obras de artistas do Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo, Goiás, Pernambuco, Bahia, Rio Grande do Norte, Maranhão, Rio Grande do Sul e Paraná.

“A coleção Gilberto Chateaubriand sempre teve como foco o estímulo a jovens artistas. Muitos deles ainda sem galeria e sem inserção no circuito ganham aqui sua primeira exposição institucional. Outra marca da coleção é sua natureza enciclopédica que não exige recorte temático ou conceitual. Cabe frisar que apesar da natural concentração de artistas cariocas, há uma presença expressiva de artistas de fora do eixo Rio – São Paulo, que fazem desta exposição um termômetro da cena contemporânea brasileira”, afirmam os curadores Luiz Camillo Osorio e Marta Mestre.

A exposição será dividida em módulos: “Corpo”, “Cidade”, “Identidades” e “Geometria”, que se relacionarão com a exposição de longa duração “Genealogias do Contemporâneo”, montada no terceiro andar do MAM, e que consiste em um recorte da coleção Gilberto Chateaubriand em comodato no museu, com obras desde o período moderno, como Tarsila do Amaral e Flávio de Carvalho, chegando até os anos 1970 com Artur Barrio e Cildo Meireles.

“Inserimos algumas obras já referenciais no meio da exposição, e levamos alguns ‘novos’ para dentro de ‘Genealogias do Contemporâneo’, a mostra do acervo do Museu. A ideia é repetir nestas ‘Novas Aquisições’ os núcleos temático-conceituais que recortam a exposição principal do Museu, e que reúne nossas referências modernas e contemporâneas. Estes núcleos não pretendem aprisionar as obras em temas, mas perceber o modo como certas questões, relativas à identidade brasileira, a nossa conflituosa sociabilidade, ao lugar do corpo e da tradição construtiva, articulam e se renovam em momentos distintos da nossa história da arte”, explicam os curadores.

As obras apresentadas na exposição “Novas Aquisições 2010/2012 – Coleção Gilberto Chateaubriand” são feitas em diferentes técnicas e suportes, como fotografia, serigrafia, pintura, desenho, escultura, colagem, entre outras, e foram produzidas entre 1985 e 2011. Fazem parte da mostra obras dos artistas: Alexandre Mury, Amanda Melo, Ana Miguel, André Bragança, Arthur Luiz Piza, Bruno Miguel, Caroline Valansi, Chiara Banfi, Claudia Bakker, Claudia Melli, Cleantho Viana, Daniel Lannes, Daniel Murgel, Daniel Toledo, Danielle Carcav, Domingos Guimaraens, Edmilson Nunes, Elisa Castro, Gilvan Nunes, Gráfica Utópica, Gustavo Speridião, Hildebrando de Castro, Hugo Denizart, João Colagem, Júlio Callado, Laércio Redondo, Leda Catunda, Luiz Zerbini, Marcos Bonisson, Marcos Cardoso, Marepe, Marga Puntel, Matheus Rocha Pitta, Opavivará, Otavio Schipper, Paiva Brasil, Paulo Nazareth, Pedro Veneroso, Pedro Victor Brandão, Pitágoras, Regina Chulam, Sandra Cinto, Sergio Allevato, Tatiana Grinberg, Thiago Martins de Melo e Wilson Piran.


COLEÇÃO GILBERTO CHATEAUBRIAND
Desde 1993, o Museu de Arte Moderna recebeu, em regime de comodato, um reforço dos mais notáveis para seu acervo. A Coleção Gilberto Chateaubriand, internacionalmente conhecida como um dos mais completos conjuntos de arte moderna e contemporânea brasileira, e que as cerca de sete mil peças compõem um impressionante painel do período, em um mesmo museu. A coleção tem trabalhos pioneiros da década de 1910, como os de Anita Malfatti, e prossegue a partir do modernismo de Tarsila do Amaral, Lasar Segall, Di Cavalcanti, Ismael Nery, Vicente do Rego Monteiro, Portinari, Pancetti, Goeldi e Djanira, entre outros. Desenvolve-se através dos embates dos anos 1950 entre geometria e informalismo, das atitudes engajadas e transgressoras da Nova Figuração dos anos 1960 e da arte conceitual da década seguinte, dos artistas que constituíram a Geração 80, até desembocar nos mais jovens artistas surgidos nos dois ou três últimos anos. O colecionador reuniu praticamente todos os artistas que conquistaram um lugar de destaque internacional para a arte brasileira: Aluísio Carvão, Ivan Serpa, Antônio Dias, Rubens Gerchman, Carlos Vergara, Roberto Magalhães, Wesley Duke Lee, Nelson Leirner, Artur Barrio, Antonio Manuel, Jorge Guinle, Daniel Senise, José Bechara, Rosangela Rennó e Ernesto Neto, e centenas de outros não menos destacados. Renovada através de aquisições que o colecionador faz periodicamente, em especial junto a artistas jovens e ainda não consagrados pelo circuito de arte, a Coleção Gilberto Chateaubriand é sempre apresentada em exposições temáticas, não somente nas dependências do Museu, mas também em exposições itinerantes dentro e fora do País.

Serviço: Novas Aquisições 2010/2012 – Coleção Gilberto Chateaubriand
Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro
Abertura: 21 de março de 2012, às 19h
Exposição: 22 de março a 20 de maio de 2012
Realização: MAM Rio
De terça a sexta, das 12h às 18h Sábado, domingo e feriado, das 12h às 19h A bilheteria fecha 30 min antes do término do horário de visitação.
Ingresso: R$8,00
Estudantes maiores de 12 anos R$4,00
Maiores de 60 anos R$4,00
Amigos do MAM e crianças até 12 anos entrada gratuita
Quartas-feiras a partir das 15h entrada gratuita
Domingos ingresso família, para até 5 pessoas: R$8,00
Endereço: Av. Infante Dom Henrique, 85
Parque do Flamengo – Rio de Janeiro – RJ 20021-140 Telefone: 21.2240.4944
www.mamrio.org.br


Mais informações: CW&A Comunicação
Claudia Noronha / Beatriz Caillaux / Marcos Noronha
21 2286.7926 e 3285.8687
claudia@cwea.com.br / beatriz@cwea.com.br / marcos@cwea.com.br

NOVAS CONSTELAÇÕES E PLANETAS REFERENCIAIS


A exposição com as novas aquisições de Gilberto Chateaubriand já é parte do calendário expositivo do MAM Rio. Com uma periodicidade flutuante, vem acontecendo a cada três anos. Esta edição reúne obras adquiridas entre março de 2010 e março de 2012, e pelo menos uma obra de cada artista está sendo exposta.

Neste ano, no entanto, viemos com uma novidade: inserimos algumas obras já referenciais no meio da exposição, e levamos alguns “novos” para dentro de “Genealogias do Contemporâneo”, a mostra permanente do Museu. A idéia é repetir nestas "Novas Aquisições" os núcleos temático-conceituais que recortam a exposição principal do museu, e que reúne nossas referências modernas e contemporâneas. Estes núcleos não pretendem aprisionar as obras em temas, mas perceber o modo como certas questões, relativas à identidade brasileira, à nossa conflituosa sociabilidade, ao lugar do corpo e da tradição construtiva, articulam e se renovam em momentos distintos da nossa história da arte. Obras de Lasar Segal, Franz Weissmann, Volpi, Hélio Oiticica e Tunga foram inseridas junto a estas “Novas Aquisições”, e funcionam como planetas em torno dos quais gravitam constelações poéticas. Analogamente, incluímos na coleção permanente alguns “ruídos” advindos de obras das novas aquisições.

A coleção Gilberto Chateaubriand sempre teve como foco o estímulo a jovens artistas. Muitos deles ainda sem galeria e sem inserção no circuito, ganham aqui sua primeira exposição institucional. Outra marca da coleção é sua natureza enciclopédica que não exige recorte temático ou conceitual. Cabe frisar que apesar da natural concentração de artistas cariocas, há uma presença expressiva de artistas de fora do eixo Rio - São Paulo que fazem desta exposição um termômetro da cena contemporânea brasileira.

Muitos dos artistas hoje canônicos foram em outro momento, no começo da própria coleção, parte de novas aquisições. Além disso, cada vez mais
rapidamente o artista contemporâneo é legitimado institucionalmente e faz parte das coleções dos museus. Refletindo esta aceleração e o caráter de termômetro do circuito desta coleção, resolvemos provocar esta contaminação.
Que o público possa perceber os vínculos e curtir nossas referências históricas junto com os artistas que estão entrando agora na cena e que começam sua trajetória a partir daqui.

Luiz Camilo Osorio e Marta Mestre

Galeria Ímpar: Miragem de Romy Pocztaruk

Tropical 2

Tropical 3
Nova Imagem
Nova Imagem 1


EXPOSIÇÃO REÚNE OBRAS NA MOSTRA MIRAGEM DE ROMY POCZTARUK



A mostra Miragem da fotógrafa Romy Pocztaruk estreia no dia 15 de março com três séries que serão apresentadas. Tropical, Crossing Islands e Lost Utopia, falam de momentos e lugares diferentes, mas contam com o olhar poderoso da artista gaúcha.



Tropical

Se máquinas de simulação produzem realidades artificiais, e na web podemos participar de comunidades virtuais que recriam a vida cotidiana, também paisagens reais são reconstruídas, produzindo lugares que condizem com as utopias contemporâneas. Na série Tropical, a fotógrafa gaúcha Romy Pocztaruk trata do assunto em sua obra.

A ideia nasceu depois de uma visita ao Tropical Islands, uma bolha repleta de floresta tropical, na Alemanha, a 60 km de Berlim. No parque de diversões as atrações são recriações de uma natureza fake, como um cenário de um livro de ficção científica. A série partiu dessa experiência e tem essa ambiguidade bem evidente. Sempre há uma dúvida nas próprias imagens, se são reais ou não.

A fotógrafa explica que se interessou por essa ilha da fantasia desde o primeiro momento e quis desenvolver seu trabalho pautada uma experiência real em um lugar completamente artificial. “Fiquei fascinada e tive de fazer uma visita para ter uma experiência real em um lugar completamente artificial. O local é muito estranho, talvez menos para os alemães do que para mim, brasileira, mas lembro que foi um choque entrar naquela bolha com a temperatura controlada e me deparar com uma floresta tropical sem nenhum animal, inseto ou cheiro.”



Crossing Islands

North Brother Island é uma ilha na cidade de Nova Iorque que esta situada no East River -South Bronx. A ilha foi habitada em 1885 com a construção do Riverside Hospital de Blackwell’s, um hospital que tratava e isolava pacientes com varíola. Em 1904, North Brother Island foi palco de uma tragédia marítima com o naufrágio do navio General Slocum, segundo os registros da época, mais de 1000 tripulantes morreram no acidente. A ilha também abrigou veteranos de guerra juntamente com suas famílias, um hospital psiquiátrico e a famosa Typhoid Mary. Sem nenhum motivo aparente, a ilha esta abandonada há 50 anos.



Lost Utopia

Fordlândia é uma cidade esquecida nas margens do rio Tapajós. Foi palco de uma das maiores aventuras de Henry Ford, que nos anos vinte colonizou a região e construiu não apenas uma fábrica de borracha mas também uma pequena cidade para recebê-la. Com ruas pavimen- tadas, escolas, campo de golfe e até mesmo hidrantes importados de Detroit, a utopia amazônica durou pouco. Os empregados brasileiros não se adaptaram às severas condições de trabalho e as plantações de seringa foram dizimadas pela falta de planejamento.

Fordlândia foi um sonho que não deu certo. Um sonho capitalista na Amazônia que desapareceu como pó, mas deixou vestígios que hoje se misturam com a cultura local.



Vídeo Traumberg

No vídeo “Traumberg”, a dimensão ficcional da realidade é ativada através de registros realizados em “ruínas urbanas”. Lugares que estão esquecidos e/ou abandonados na cidade de Berlim são documentados e transformados numa fantasia voyeurística.



Sobre a artista

Romy Pocztaruk, fotógrafa, é mestre em poéticas visuais pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, e já levou seu trabalho de fotografia, vídeo, intervenções e performances a cidades brasileiras e do exterior, como Berlim e Amsterdam. A artista é vencedora de uma Bolsa Ibere Camargo, além de já ter mostrado seu trabalho único no Paço das Artes e no Instituto Sérgio Motta.





Galeria Ímpar

Rua Mourato Coelho, 1017 – Vila Madalena

Tel.: (11) 2645.4480



Serviço:

Curadoria de Mario Gioia

Abertura: 15 de março de 2012 | 19hrs às 22 hrs

Exposição: 16 de março a 14 de abril de 2012

Horário de Funcionamento

Segunda a sexta: 10hrs às 19hrs

Sábado: 11hrs às 17hrs





Viviane Auerbach
namídia assessoria de comunicação
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Tuesday, March 13, 2012

PROJETO BRASIL 01: PENSAMENTO

Sunday, March 11, 2012

III Prêmio - Diário Contemporâneo de Fotografia

Coletivo Garapa
Lucas Gouvea
Ilana Lichtenstein



III Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia divulga premiados e selecionados

No dia 1º de março, foram anunciados os selecionados e premiados para o III Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia, que traz o tema Memórias da Imagem. Após um mês de inscrições, no qual foram recebidos dossiês e portfólios de artistas de todas as regiões do Brasil, foram selecionados os 23 participantes da mostra de 2012.
O curador Mariano Klautau Filho destaca o interesse nacional pelo Prêmio: “Há um crescimento da procura por parte de novos artistas e também de artistas que vêm ganhando visibilidade nacional e no exterior, que têm buscado o Prêmio para mostrar seus trabalhos. Isso confere credibilidade e frescor ao projeto.”
Outro dado que demonstra o espaço que o Prêmio vem ganhando em âmbito nacional é que, além dos artistas premiados, alguns artistas selecionados de outros estados, como Marian Starosta e Patricia Gouvêa (RJ), têm confirmado presença para a abertura da Mostra III Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia, que acontecerá de 28 de março a 27 de maio no Espaço Cultural Casa das Onze Janelas, em Belém.
Quanto à qualidade dos trabalhos recebidos, de acordo com Mariano, o nível das obras enviadas este ano foi muito bom. “A comissão fechou inicialmente uma pré-seleção que ultrapassava os 40 trabalhos. A seleção final privilegiou, além da qualidade, a forma como o tema foi abordado pelos artistas. O trabalho da seleção foi ver como os artistas conversam entre si numa abordagem mais ampla sobre o tema e também eliminar o conservadorismo quanto à relação entre imagem e memória – o que era proposto pelo tema deste ano”.
A comissão julgadora foi composta por Miguel Chikaoka, fotógrafo, arte-educador e artista convidado do projeto este ano; Jorge Eiró, artista plástico e professor de artes, mestre em Educação; e Heloisa Espada, doutora em História, Teoria e Crítica da Arte, pesquisadora da USP e coordenadora da área de artes visuais do Instituto Moreira Salles.
Os vencedores dos três prêmios de R$10.000,00, cada, foram o Coletivo Garapa (SP), com o Prêmio Memórias da Imagem, Ilana Lichtenstein (SP), com o Prêmio Diário Contemporâneo, e Lucas Gouvêa (PA), Prêmio Diário do Pará.
O Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia conta com o patrocínio da Vale e do Governo do Estado do Pará e apoio do Espaço Cultural Casa das Onze Janelas do Sistema Integrado de Museus/Secult-PA, do Museu da UFPA, da Sol Informática e do Instituto de Artes do Pará.
Mais informações sobre o projeto, no site: www.diariocontemporaneo.com.br.

Premiados
Coletivo Garapa (SP) – Prêmio Memórias da Imagem
Ilana Lichtenstein (SP) – Prêmio Diário Contemporâneo
Lucas Gouvêa (PA) – Prêmio Diário do Pará

Selecionados
Alberto Bitar (PA)
Ana Emília Jung (Milla Jung) (PR)
Coletivo Cêsbixo (PA)
Érico Toscano Cavallete (SP)
Fábio Messias Martins de Souza (SP)
Fabio Okamoto (SP)
Fernando Bohrer Schmitt (SP)
Gabriela Lissa Sakajiri (SP)
Gordana Manic (SP)
Isabel Maria Sobreira de Santana Terron (SP)
Lívia Afonso de Aquino (SP)
Marian Wolff Starosta (RJ)
Patrícia Gouvêa e Isabel Löfgren (RJ)
Pedro Augusto Machado Hurpia (SP)
Renato Chalu Pacheco Huhn (PA)
Roberta Dabdab (SP)
Romy Pocztaruk (RS)
Tuca Vieira (SP)
Vanja von Sek (PA)
Wagner Yoshihiko Okasaki (PA)








Premiados

Coletivo Garapa (SP) - Prêmio Memórias da Imagem
Formado por Paulo Fehlauer, Leo Caobelli e Rodrigo Marcondes

Garapa é um espaço de criação coletiva que tem como objetivo pensar e produzir narrativas audiovisuais, integrando diversos formatos e linguagens. Trabalha em parceria com clientes comerciais além de desenvolver um trabalho de pesquisa autoral, sempre explorando as potencialidades de cada projeto, tanto na construção da narrativa quanto nos modelos de distribuição. Desenvolve projetos para ambientes distintos: da fotografia estática à interação multiplataforma, do vídeo à instalação site specific. Produz e dirige filmes documentários e publicitários; desenvolve plataformas multimídia, ensaios fotográficos e exposições.

Sobre o projeto Morar:
Morar é um projeto que cria um arco de memória entre a existência e a desaparição dos edifícios São Vito e Mercúrio, emblemáticas construções demolidas recentemente na cidade de São Paulo. Trata-se de um ensaio visual sobre os prédios, que usamos como objeto de pesquisa desde meados de 2008. O ensaio que apresentamos aqui é, então, a continuação de uma primeira experiência, que foi o registro do período de desocupação dos edifícios por parte da administração da cidade de São Paulo, e o testemunho da situação na qual os moradores do Mercúrio foram lançados naquela ocasião. Nesse segundo momento, em que os dois gigantes que estavam esvaziados há cerca de 3 anos foram finalmente colocados abaixo, reconstituímos e reestruturamos fragmentos de memórias relacionados à nossa experiência naquele espaço. Tais memórias ora se encaixam em harmonia, ora se chocam produzindo uma infinitude de interpretações. O políptico que apresentamos aqui, busca sintetizar um universo bem maior de imagens. Acreditamos que o desaparecimento do prédio seja a memória viva da cidade que se transforma e passa por cima de histórias privadas em nome da transformação e do progresso. Na década de 1960, a expectativa de vida de um paulistano era, ao nascer, de aproximadamente 65 anos. Nem o São Vito, nem o Mercúrio corresponderam a essa estatística. Na ansiedade do progresso, a metrópole busca se reconstruir o tempo todo, transformando a cidade em um imenso palimpsesto, “memória viva de um passado já morto”. Apagados os edifícios, a paisagem, testemunha das tensões humanas, se ressignifica. O tempo da metrópole é implacável; resta a memória.

Ilana Lichtenstein (SP) - Prêmio Diário Contemporâneo

Nasceu (1986) e vive em São Paulo. Estudou na Escola de Comunicações e Artes da USP e na Universidade Paris-Sorbonne, onde desenvolveu uma investigação sobre imagem e memória, sob a orientação de Michel Puech. Participa da primeira turma do programa de pós-graduação em fotografia da Fundação Armando Álvares Penteado, coordenado por Rubens Fernandes Jr. e Georgia Quintas. Expôs trabalhos em "12 exemplares", projeto de Julia de Carvalho Hansen; "Presenças", com curadoria de Mario Gioia; "Vicissitudes", de Claudio Matsuno; "Fábulas e Encontros" de Georgia Quintas. Suas fotografias feitas no Japão foram selecionadas na 43a. Anual de Artes Faap. Na última edição do festival Paraty em Foco, suas imagens foram escolhidas para a exibição Perspectiva_Olhavê e para leitura de portfólio. A série "Uma e outra erupção" formou a exposição Casualmente Fotografía, sua e do artista Levan Tsulukidze, na Paradigmas Arte Contemporáneo, en Barcelona - galeria que representa seu trabalho na Espanha, ao lado da Galeria Virgilio no Brasil.

Sobre “Uma e outra erupção”:
A proposta de “Uma e outra erupção” é convidar a uma aproximação lenta, silenciosa, que tenha a chance de abrir no espectador um espaço para visitar suas ‘paisagens interiores’ - termo presente na obra de Caio Fernando Abreu. Quer dizer; o sentido das imagens não pretende traduzir os lugares ou pessoas ali retratados, reproduzir alguma memória gerada por mim no momento da captura. Mas sim, através da sugestão de um tempo suspenso, de paisagens e pessoas que não se definem bem e parecem vindas da ficção ou sonho, poder puxar em quem vê outras memórias da mesma densidade de semelhança, que sejam suas, próprias. No texto “A memória como coexistência virtual”, Henri Bergson reitera sua tese de que - em tradução livre - “jamais o passado se constituiria se ele não se constituisse primeiro, ao mesmo tempo que ele é presente. (...), se ele não coexistisse com o presente do qual ele é o passado”. Acredito que a fotografia tem um papel na lucidez disto. Quando realizei essas fotografias, tinha em mente as pessoas que não conhecia e iam vê-las: de uma maneira, gerei esse passado coletivo simultaneamente a estar vivendo o tal presente que tanto se diz abrigado no fotograma. Dispostas em variação de dípticos, trípticos e sozinhas, e diferentes alturas na parede, as imagens são pequenas, já que a ideia é fazer um percurso que envolva certa busca íntima; singular. Uma percepção do espaço e a escolha pelo acesso a cada uma, à visão. Não para voltar em algum lugar, já que nada é duas vezes. Mas para vivificar outra vez os brilhos que nos vem à tona sem grande explosão; nas pequenas erupções.

Lucas Gouvêa (PA) - Prêmio Diário do Pará

Lucas Gouvêa é formado em design pelo CEFET/PA e estuda Artes Visuais na Universidade Federal do Pará. Já teve alguns trabalhos expostos em galerias da cidade de Belém (CCBEU, SESC, Salão da Vida), porém é fora de todas essas instituições que constrói o trabalho artístico de qual se orgulha em ser autor. Junto com os outros integrantes do qUALQUER qUOLETIVO vem desde 2010 executando trabalhos de performance e intervenção em espaços públicos de Belém de forma rizomática, horizontal e descentralizada e também engendrando-se dentro dessas instituições (universidade, galerias) com intuito de desestigmatizá-las enquanto espaço religioso da arte e de pura contemplação, transformando-as em um espaço livre, onde qualquer um pode fazer arte.


Sobre Spinario:
O escuro e a luz. A emoção e a razão. A dor e a felicidade. A fotografia e o vídeo. Da sola dos pés aos mil olhos de Osíris. Spinario é um vídeo-fotografia referencial que se apropria de uma escultura helenística do século I A.C. Onde um menino remove espinhos do seu pé, para a construção de um processo audiovisual de depuração da imagem da luz.
Adaptando uma câmera Canon T2I para um formato de pinhole digital, o personagem do vídeo tira um por um dos espinhos de seus pés e fura a película de metal que separa o captador fotográfico da câmera da imagem captada, criando assim os mil olhos do deus egípcio Osíris que ofusca o olhar de quem o vê com os seus raios solares.

Monday, March 05, 2012

LIVRO PRETO-BRANCO, MONICA MANSUR E CLÁUDIA TAVARES

CLÁUDIA TAVARES
MONICA MANSUR



As artistas Monica Mansur e Claudia Tavares lançam livro de fotografia Preto Branco com exposição no Rio de Janeiro

Livro é dividido em duas partes, com trabalhos que dialogam pelos antagonismos: as imagens de Monica, feitas com pinhole, compõe a metade Preto, enquanto Claudia utiliza espaços vazios em Branco


A partir de 13 de março, na Galeria Tempo, as artistas visuais cariocas Monica Mansur e Claudia Tavares apresentam as 12 séries de trabalhos fotográficos que integram o livro Preto Branco, da Binóculo Editora, que será lançado na ocasião.

No ano passado, quando iniciaram o projeto de Preto Branco, As artistas perceberam que seus trabalhos eram distintos, porém poderiam dialogar pelos antagonismos, como sugere o título do texto de apresentação, assinado pela curadora e crítica de arte Luiza Interlenghi, “Veladuras e revelações”.

As imagens de Monica Mansur compõem a metade Preto do livro. São fotografias relacionadas à ausência, à sombra, ao esquecimento, à solidão. Há elementos como o céu sombrio e escurecido pela tormenta, estátuas que substituem o ser vivo, a sujeira bloqueando a visão. “Escolho a técnica do pinhole para fotografar, capturando as imagens com câmeras de orifício, sem lentes, porque, necessitando de mais tempo de exposição, só o que está quase imóvel aparece. Ou seja, não capturo imagens onde há muito movimento e vida”, explica Monica. As fotografias em pinhole foram feitas em filme negativo 120mm, negativo papel e em filme negativo 35mm dentro de bobina-embalagem de filme. Poucas imagens foram clicadas com câmera digital.

Em Branco, Claudia Tavares reúne imagens que sugerem leveza e silêncio, que têm como característica o espaço vazio. “O branco, para mim, traz a possibilidade de amplitude, um campo extenso onde é possível conter todas as cores”, diz a artista. Entre as imagens que se destacam na produção da artista estão as da série “Manta Branca”, que retratam o prédio do Hospital Universitário do Fundão (HU/UFRJ), em 2010/2011, logo antes e logo após ter sido demolido. A linguagem documental do fotojornalismo sucumbe à poética quando a rede de proteção se transforma em manta, em véu, graças ao olhar da artista.

Sobre a Galeria Tempo - A Galeria Tempo foi inaugurada em março de 2006 e dedica-se exclusivamente à fotografia e à vídeoarte. As sócias, Carolina Dias Leite e Márcia Mello vêm criando um acervo que inclui fotografias modernas e contemporâneas. Além de artistas já consagrados, a Galeria Tempo também representa novos talentos. O espaço é um local de exposição e, ainda, presta serviços de curadoria, restauração e conservação de fotografia.


Livro Preto Branco

Fotografias: Monica Mansur e Claudia Tavares
Texto: Luiza Interlenghi
Design: Fernando Leite
Editora: Binóculo Produção e Editora
52 imagens
Formato: 20 cm x 30 cm
64 páginas
Impressão 4 cores
Preço: R$ 50,00
ISBN: 978-85-64108-02-8

Exposição Preto Branco e lançamento do livro

Data: 13 de março de 2012
Horário: 19h
Local: Galeria Tempo. Av Atlântica, 1782 – loja E, Copacabana – RJ. Tels: (21) 2255.4586 / http://galeriatempo.com.br
Visitação: terça à sábado, 11h às 19h. Até 12 de maio
Grátis

Informações para a imprensa:
Analu Andrigueti - 11 8919 5695
analu.andri@gmail.com

Juliana Gola – 11 9595-2341
jugola@gmail.com

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